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Lares intencionais: conheça esta forma de morar e viver

14 set 2020 / escrito por LUCIANO CAZECA / ilustrador por VITÓRIA SOUZA

TRECHO pessoas se juntam para partilhar

Desde o surgimento da espécie, o ser humano tem por vocação a vida em comunidade, e essa característica o acompanha até os dias de hoje. No entanto, com o advento da era industrial e a construção de habitações particulares nos centros urbanos, ocorre uma tendência constante de
distanciamento entre as pessoas.


Essa questão tem motivado, ao longo do tempo, iniciativas que nos convidam a repensar a maneira de morar e estabelecer relações em grupo. Afinal, será que vale a pena arcar com os altos preços de uma moradia particular e ter pouco acesso aos benefícios da socialização?


Estimuladas por esse questionamento, cada vez mais pessoas estão sendo atraídas por uma vida mais colaborativa, e essa mudança de pensamento demonstra que a dimensão comunitária do ser humano não se perdeu.


É aí que os lares intencionais se apresentam como uma ótima alternativa de habitação para tais pessoas, pois visam resolver uma série de problemas urbanos ligados ao isolamento e à formação de laços.


E mais do que isso, eles estimulam uma cultura ativa de compartilhamento, racionalização de custos e trocas que auxiliam no desenvolvimento pessoal e profissional dos moradores.


Tudo bem, mas o que é, de fato, um lar intencional?


Um lar intencional é quando um grupo de pessoas se juntam para partilhar uma residência por terem algum propósito ou estilo de vida em comum. Este propósito, motivação ou plano de vida conjunto é chamado de intenção.


O conceito de comunidades intencionais é bastante antigo, e teve como principal visionário o teórico francês Charles Fourier. Ele utilizou a ideia no século xix na elaboração de seus falanstérios: grandes cooperativas de produção e habitação onde cada um viveria conforme suas paixões e vocações

Ao longo do tempo, esse movimento deu origem a diversas vertentes, dentre as quais podemos citar o Cohousing, as casas cooperativas, as comunas e as ecovilas.

No contexto dos grandes centros urbanos, essas comunidades que dividem a mesma residência são os chamados lares intencionais.

Cada um desses lares é formado de maneira participativa, ou seja, todos os
integrantes se envolvem igualmente na criação do grupo, no acolhimento de
um novo membro e na tomada de decisões.

 

Isso faz com que os moradores conheçam intimamente uns aos outros, fortalecendo a conexão entre eles e estimulando o engajamento.

Os lares intencionais são perfeitos para quem deseja fazer nova amizades, criar vínculos profissionais, viver com propósito e alta performance.


Quem busca por maior socialização, está praticando um estilo de vida ou focando em algum projeto, certamente é uma das pessoas que vão adorar fazer parte dessas comunidades.


Isso porque os lares se baseiam em princípios como economia colaborativa, sustentabilidade, troca de experiências e inserção numa cultura de evolução constante. A todo momento há estímulos para a realização de eventos e celebrações que visam valorizar a essência de cada morador, permitindo que ele expresse aquilo que o motiva por meio de momentos prazerosos.


Pois é, como você percebeu, morar nesses lares é muito mais do que dividir uma residência, pois envolve integrar-se num ecossistema onde as pessoas estão dispostas a compartilhar histórias, e impulsionar umas às outras na realização de seus objetivos, sejam eles quais forem.


E como funcionam os lares intencionais?


Toda essa cultura colaborativa reflete no modo como as moradas são planejadas. Cada morador possui a própria acomodação onde repousa - sua ‘toca’ - enquanto as áreas comuns da residência - sala, cozinha, varanda - são pensadas para estimular a interação e permitir a realização de atrações ou até mesmo trabalhar em conjunto.


A própria estrutura física do lar varia conforme a sua intenção. Uma morada onde vivem pessoas veganas, por exemplo, dispõe de uma cozinha altamente equipada, necessária para o preparo das refeições incluídas na dieta deles. Já num lugar onde moram pessoas minimalistas, cada detalhe será pensado de modo que realmente reflita as necessidades do grupo.


Muito legal, né‽ E olha que essa relação entre o planejamento do lar e o propósito dos moradores pode ser aplicada a inúmeros casos: leitores, pessoas que têm uma vida fitness, artistas, quem tem animais de estimação... enfim, as intenções são infinitas conforme o que motiva a vida de cada um.


Morar em um ambiente aconchegante, economizar recursos e ter com quem trocar figurinhas é um impulso e tanto para uma vida mais próspera!

A ideia de constituir grupos com propósitos em comum é, com certeza, fantástica, e se você gostou de tudo o que foi apresentado até aqui, saiba que o conceito por trás dessa proposta vai muito além disso!


Entendemos que canalizar as energias para a sua missão de vida é essencial para aumentar a performance no dia a dia, mas não podemos nos esquecer que se colocar em contato com o desconhecido é algo igualmente produtivo - além de importante.


Para instigar isso, todos os lares integram uma rede, onde é possível que cada morador faça conexões com pessoas de intenções diferentes. Tal ligação pode ser feita de maneira virtual, por meio da rede de boas intenções. Ela oferece ferramentas para que os coabitantes se conheçam e marquem eventos, estimulando encontros e trocas de referências.


Foco naquilo que te motiva, socialização, trocas construtivas, economia e desenvolvimento. Sem sombra de dúvida, os lares intencionais são feitos para levar transformações positivas para a vida das pessoas. E, falando nisso, quais são as vantagens que você teria ao morar neles?

Vantagens de se morar em um lar intencional

Racionalização de custo

 

Esta é talvez a maior preocupação de quem procura um lugar para morar - e com razão. Os aluguéis estão ficando cada vez mais caros e o
compartilhamento é, mais uma vez, a solução ideal.

 

Além de um preço atrativo, há outros fatores que ajudam a tornar tudo mais simples. Quando moramos com pessoas que têm objetivos próximos, fica fácil realizar compra conjunta, e gastos com produtos e serviços realmente necessários para
todos.

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Otimização de tempo


Tempo é dinheiro? Também. Mas pensando por outro lado, o tempo é, antes que o dinheiro, o fator que mais interfere na vida de nós. As escolhas certas que fazemos hoje, assim como as eventuais oportunidades perdidas, mais cedo ou mais tarde refletirão no nosso futuro. Em um lar intencional, os moradores são poupados de tomar uma série de decisões devido ao estilo de vida parecido. Além disso, a troca de saberes e a linguagem-comum colaboram para que gastem menos tempo com coisas desnecessárias.

Estímulo ao crescimento


Estar em conjunto nos torna mais fortes, afinal somos uma espécie gregária:
feitos para viver em bando. A comunidade nos ajuda a formar vínculos mais estreitos, desenvolver a empatia, a capacidade de colaborar e de impulsionar uns aos outros. Isso reflete em relações mais prósperas e maior foco na sua missão, sem falar que gera uma riqueza de estímulos à criação.

Oportunidade para fazer parcerias profissionais

Não é exagero dizer que os lares intencionais ajudam as pessoas a se desenvolverem em todos os sentidos da vida, e isso também se aplica ao âmbito profissional.

Afinal de contas, ter por perto pessoas que partilham os mesmos direcionamentos favorece a realização de networks, além da possibilidade de trabalhar em conjunto.

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A valorização do aspecto plural se traduz em economia colaborativa, intensificação de relacionamentos e incremento vertical na escala de vida.

Imagino que você tenha ficado bastante entusiasmado ao ver a riqueza de significado que existe por trás de cada lar intencional. As possibilidades que eles oferecem são muitas, e ainda há estímulos para que cada coabitante seja parte atuante no todo: criando experiências, encontros, compartilhando ideias para que o movimento siga evoluindo.

 

Porventura, pode ter surgido a dúvida: Os lares intencionais são para mim? Pois venho te dizer que eles são direcionados a qualquer pessoa independentemente de faixa etária ou ocupação, porque há inúmeras intenções possíveis, propiciando que cada um opte por aquela que melhor reflita o seu estilo de vida atual. Basta ter o sentimento coletivo e fazer as malas!

 

Se esse movimento que valoriza a coletividade, o propósito e a evolução brilha aos seus olhos, saiba que estamos juntos! Todo esse conceito trazido pela coabita foi desenvolvido a partir de muita pesquisa e com muito carinho em cada detalhe.

 

A ideia é que juntos, conseguimos reinventar a maneira de habitar os centros urbanos, e quanto menos barreiras houverem, mais fortalecemos as conexões e o que há de mais belo no ser humano: a capacidade de criar e transmitir ideias.

 

Nos lares intencionais cada coabitante ocupa um lugar único na nossa comunidade, disponível para qualquer um que deseje super viver e sentir-se parte de algo valioso.

 

Para isso, basta fazer a pergunta: qual é a sua intenção? pois certamente haverá uma morada aberta para te receber :)

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Que tal refletir e entender um pouco  mais sobre os lares intencionais e sua diferença em relação a outros tipos de moradia como  Coliving, Cohousing e as tradicionais Repúblicas.

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