A importância
de fazer refeições
em grupo

O hábito de se alimentar pode ir muito além de suprir uma necessidade vital, pois quando desfrutamos de tais momentos juntos de alguém tendemos a ter uma experiência mais proveitosa sob muitos aspectos. A mesa de refeições, se bem aproveitada, é uma verdadeira ponte de saberes: uma ferramenta de comunicação que favorece as trocas e aproxima as pessoas.
No entanto, mesmo com todos esses atributos positivos, não é novidade que estamos cada vez mais deixando de lado esse hábito, mas por quê? Com a vida apressada que experienciamos hoje em dia, dificilmente as refeições são feitas em conjunto, e mais pessoas são privadas de todos esses benefícios.
Essa condição preocupante se sobressai especialmente no contexto familiar, onde é comum os integrantes do lar comerem no mesmo horário, mas em ambientes diferentes. Ou ainda acontece de comerem no mesmo local, mas abstraídos por equipamentos tecnológicos que os deslocam do que seria um momento compartilhado.
Nesse cenário de crescente isolamento e individualismo, nada mais pertinente que despertar nas pessoas o bem que tais momentos de comunhão podem fazer. Para isso, que tal se ligar em algumas vantagens que você teria ao assumir esse hábito? Aí vão elas:
06 ABR 2021 / escrito por LUCIANO CAZECA/ ilustrador por VITÓRIA SOUZA
i. Fortalecer vínculos
O hábito de estar com seus companheiros de casa em momentos de
serenidade permite conversas mais profundas, onde é possível sentir-se mais
livre para expressar sentimentos e usufruir de todos os benefícios psicológicos
de estar inserido num grupo. E tudo isso ocorre
de forma natural, pois rapidamente
captamos o valor de planejar essas
atividades perto de pessoas importantes.
ii. Trocar atualizações
Qualquer encontro é uma oportunidade para
se informar das últimas notícias, o que está
ocorrendo no contexto íntimo e geral.
Especialmente quando as pessoas se unem
por uma intenção, há sempre o que conversar
sobre interesses em comum.
E é justamente dessa interação que podem
surgir inúmeras fontes de aperfeiçoamento
conjunto, aprendizados e oportunidade para
fazer convite para eventos.

iii. Gerar a noção de comunidade
O arquiteto Christopher Alexander disse em uma de suas obras que “sem refeições comunitárias, nenhum grupo humano consegue se manter junto”. Essa colocação chama atenção para o potencial deste momento em unir as pessoas e despertar o senso de comunidade. Ao intercalar boas garfadas com boas conversas, constrói-se um forte sentimento de pertencimento com o grupo e com o lugar, consolidando o que os motiva a estarem ali.
iv. Compartilhar hábitos alimentares
Não há dúvida de que é muito mais fácil manter uma dieta quando as pessoas que te circundam partilham dos
mesmos hábitos. Seja no caso de pessoas vegetarianas, veganas, ou as que seguem um estilo de vida fitness, por exemplo, a convivência com quem possui os mesmos objetivos alimentares fornece motivação e permite ainda, a troca de saberes: como preparar alimentos, encontrar produtos compatíveis com a dieta e até mesmo compartilhá-los.

Tais fatores demonstram a riqueza de compartilhar atividades
diárias como as refeições. Colocado em prática, esse hábito de
alimentar-se junto é capaz de resgatar o protagonismo da mesa não como mera superfície, mas como meio de comunicação, facilitadora da coexistência e geradora de experiências.
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