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Estamos falando a mesma língua?

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16 ABR 2021 / escrito por LUCIANO CAZECA/ ilustrador por VITÓRIA SOUZA

Você deve concordar que uma comunicação só pode ser considerada apropriada quando conseguimos trocar informações de maneira eficiente. Também deve saber o quão trabalhoso é ter que traduzir conceitos para quem não é envolvido com atividades com as quais lidamos.

 

Essas são verdades que nos conduzem a uma reflexão necessária: qual é o potencial das conversas que estamos tendo no sentido de favorecer o nosso aperfeiçoamento? E, além disso, quanto tempo estamos perdendo ao manter interações com quem pouco nos entende ou mesmo nos prejudica?

 

Entender os diferentes usos que fazemos da linguagem e o impacto que isso tem na nossa rotina pode nos levar a revisar contatos, encontros e investir mais em quem realmente nos entende. “Parece que estou falando grego.” Esta famigerada expressão é a mais perfeita ilustração de um problema sempre presente nas nossas relações. 

Na prática, falar o mesmo idioma não é necessariamente sinônimo de entendimento. 

Em seu livro Sapiens, Yuval Noah Harari atribui um papel central da linguagem no processo de formação das primeiras comunidades humanas. Tal qual diz, a linguagem permitiu a troca de informações precisas sobre quem era digno de confiança e o desenvolvimento de tipos de cooperação mais sofisticados. Esse mesmo processo de formação dos primeiros agrupamentos também favoreceu um acontecimento muito interessante: a união das pessoas conforme o tipo de atividade desempenhada.

 

Os primeiros assentamentos permanentes da história tratavam-se de aldeias de pescadores e ocorreram em áreas próximas de rios e mares ricos em recursos naturais. Este episódio - ocorrido antes mesmo da Revolução Agrícola - ressalta a organicidade deste processo de união das pessoas, que se dá em função da necessidade de troca de saberes que influenciem a sua rotina laboral.

Já passou pela experiência de observar dois advogados ou médicos conversando - utilizando um vocabulário nada comum - e se sentir deslocado? De fato, a linguagem de tais profissionais é bem diferente do que costumamos usar. No entanto, é visível que eles estão extremamente conectados, partilhando da praticidade de transmitir um grande volume de informação por meio de uma comunicação sucinta e conceitualmente profunda. Além disso, a própria experiência de manter contato com quem tem saberes em comum é capaz de aproximar as pessoas.

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Com o advento da sociedade agrícola, seguiu-se uma tendência constante de especialização das atividades desempenhadas por cada indivíduo, fato que persiste até hoje. Essa evolução permitiu que o grau de excelência de cada profissional fosse aprimorado, e aumentou extraordinariamente o conhecimento desenvolvido pela coletividade humana. 

 

Tais dados reforçam o potencial que as pessoas despertam ao usarem de uma comunicação produtiva para se aprofundarem na missão que rege suas vidas e ampliarem suas capacidades de associação.

Falar a mesma linguagem é indispensável à unidade, à comunhão.

Qualquer comunidade que queira se desenvolver num mesmo sentido precisa estar alicerçada por boa compreensão e boa sintonia. É isto que permite verdadeiro engajamento e geração de performance. E, mais do que isso, despertam consciência acerca da relevância de nos dedicarmos a encontros que permitam trocas naturais e produtivas, espontâneas… enfim, com pessoas que falam a mesma língua!

Proposta de leitura:

Harari, Yuval.  Sapiens - Uma Breve História da Humanidade. Israel:  2011 - Brasil  L± 1ª edição (2 março 2015) 

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